Poluição Atmosférica causada por Automóveis

sexta-feira, 29 de maio de 2009

O que é a Poluição Atmosférica?

A Poluição Atmosférica é resultante da emissão de gases poluentes ou de partículas sólidas na atmosfera.Este tipo de poluição pode causar uma degradação dos ecossistemas devido ao lançamento de inúmeras substâncias (radioactivas, ácidas, recalcitrantes, etc.).

A Poluição Atmosférica pode originar:
• o aumento do efeito de estufa;
• alterações climáticas;
• a diminuição da qualidade do ar;
• problemas de saúde nos seres vivos, como doenças respiratórias, vários tipos de cancros, entre outros.

Causas da Poluição Atmosférica

A nível nacional destacam-se, pelas suas emissões, as Unidades Industriais e de Produção de Energia como a geração de energia eléctrica, as refinarias, fábricas de pasta de papel, siderúrgicas, cimenteiras e indústria química e de adubos.
A utilização de combustíveis para a produção de energia é responsável pela maior parte das emissões de CO2. O uso de solventes em colas, tintas, produtos de protecção de superfícies, aerossóis, limpeza de metais e lavandarias é responsável pela emissão de quantidades apreciáveis de Compostos Orgânicos Voláteis.
Existem outras fontes poluidoras que por vezes se podem revelar importantes, tais como:

● A queima de resíduos urbanos, industriais, agrícolas e florestais, feita muitas vezes, em situações incontroladas;
● Os fogos florestais são, nos últimos anos, responsáveis por emissões significativas de CO2;
● O uso de fertilizantes e o excesso de concentração agropecuária, são os principais contribuintes para as emissões de metano, amoníaco e N2O;
● As indústrias de minerais não metálicos, a siderurgia, as pedreiras e áreas em construção, são fontes importantes de emissões de partículas.

Consequências da Poluição Atmosférica

Como mostra no esquema em cima apresentado, existem diversas consequências da Poluição do Ar.

Smog

As condições geográficas e meteorológicas são muito importantes para o agravamento ou diminuição do efeito da poluição do ar.
O Smog é uma combinação de fumo e de nevoeiro em áreas urbano-ind ustriais.
O Smog surge em situações de nevoeiro. A sua formação é favorecida pelos focos de poluição, que aumentam o número de poeiras ou partículas diversas na atmosfera saturada ou quase saturada.

O Smog tem consequências como:
● A inversão térmica, ou seja, o aumento da temperatura durante o dia, e em condições de grande arrefecimento nocturno;
● O Smog provoca directamente nas pessoas asma, bronquite, problemas respiratórios e cardíacos;
● A concentração de fumos à superfície.

Exemplos de Cidades que sofreram o Smog:
● Los Angeles, é uma cidade que sofre grandes problemas de contaminação pelo smog;
● Londres, foi onde ocorreu a situação mais grave, no ano de 1952, devido à conjugação de vários fenómenos meteorológicos.

Chuvas Ácidas

As chuvas ácidas formam-se com a libertação de dióxido de enxofre e de óxido de azoto (provenientes de fábricas e automóveis) para a atmosfera. Esses gases que foram libertados são levados pelos ventos para as nuvens.
A combinação destes gases com o oxigénio e o vapor de água contido nas nuvens, dá origem a ácido sulfúrico e ácido nítrico, ou seja, origina as chuvas ácidas.
Com a precipitação, as chuvas ácidas originam a acidificação dos solos, que vai prejudicar a agricultura e as espécies de árvores e plantas que vão nascer. Outra consequência é a destruição da vegetação e a contaminação da água, que é bastante prejudicial para a vegetação e para os animais.
As chuvas ácidas embora afectem mais as regiões industrializadas da América do Norte (EUA e Canadá) e da Europa (Alemanha , Áustria, Polónia, República Checa, Escandinávia), devido à emissão de dióxido de enxofre e à queima de petróleo e carvão, são um problema global pois os ventos transportam as partículas poluentes para várias regiões.

Efeito de Estufa

O Efeito de Estufa é outra das consequências da Poluição Atmosférica. O sol é constituído por radiações ultravioletas, infravermelhas, entre outras que atravessam a atmosfera, mas nem todas chegam à superfície, pois a mesma absorve, difunde e reflecte parte dessa radiação (função de filtro).
A crescente emissão de dióxido de carbono é prejudicial, pois o CO2 permite a passagem da radiação solar para a Terra mas depois funciona como uma barreira, não deixando sair o calor que é reflectido pela superfície terrestre, então o calor fica concentrado formando o Efeito de Estufa.
Este fenómeno atinge mais os países desenvolvidos, por serem os maiores emissores de dióxido de carbono.
Actualmente, as regiões menos desenvolvidas e industrializadas também são afectadas por este problema, devido à queima das florestas tropicais e devido a fenómenos naturais (erupções vulcânicas). Este processo tem duas consequências:
● O aquecimento global do planeta, o que pode provocar a fusão do gelo das regiões polares e a subida dos oceanos, com a submersão das regiões litorais.
● Alterações climatéricas que poderão acelerar o avanço da dos desertos (desertificação).

Destruição da Camada de Ozono

Uma das coisas essenciais para o planeta Terra é a existência de ozono na estratosfera, pois é este que absorve uma grande parte da radiação ultravioleta.
Dessa forma, o ozono é indispensável, protegendo-nos do excesso de radiação ultravioleta, embora ao nível do solo seja prejudicial para a saúde e para o ambiente.
A destruição da camada de ozono provocada pelo cloro origina variações do clima (aquecimento global) e poderá acabar com a vida na Terra.
Ao longo dos anos, tem-se assistido à destruição da camada de ozono, isto é, o aumento do buraco na camada de ozono. Esta situação é mais preocupante nos pólos pois corre-se o risco de estes derreterem, aumentando desta forma o nível médio das águas do mar.
Actualmente tenta-se substituir os CFC, substâncias muito prejudiciais para a camada de ozono, por outras que não provoquem danos ambientais, pois a destruição da camada de ozono significa o fim da vida na Terra.

Alterações Climáticas

Durante as últimas décadas o homem tem transformado as paisagens e a própria natureza. Dessa forma, a poluição atmosférica está a conseguir alterar o clima do planeta.


Toda esta sucessão de problemas põe em perigo o planeta e o próprio homem.

Destruição das florestas tropicais

Também tem contribuído para as alterações climáticas e para o avanço
dos desertos (desertificação).

Efeitos na Saúde Humana

Na saúde humana, a poluição atmosférica afecta o sistema respiratório podendo agravar ou mesmo provocar diversas doenças crónicas tais como a asma, bronquite crónica, infecções nos pulmões, doenças do coração, cancro do pulmão, entre outras.
Os poluentes atmosféricos podem afectar o sistema respiratório, directa ou indirectamente.
Os efeitos directos resultam da destruição de tecidos das folhas das plantas provocados pelas chuvas ácidas ou pelo ozono, reflectindo-se na redução da área fotossintética.
Os efeitos indirectos são provocados pela acidificação dos solos com a consequente redução de nutrientes e libertação de substâncias prejudiciais às plantas, resultando numa menor produtividade e numa maior susceptibilidade a pragas e doenças.

Emissões de Dióxido de Carbono



Este mapa representa as emissões de dióxido de carbono por país, em milhões de toneladas.

Medidas de Combate à Poluição Atmosférica

Medidas Preventivas
  • Medir e conhecer a concentração dos poluentes no ar;
  • Definir as fontes poluentes;
  • Definir a qualidade do ar;
  • Analisar os valores limite;
  • Observar a evolução da qualidade do ar;
  • Planear acções capazes de promover uma melhor qualidade do ar, tais como: reordenar as actividades socioeconómicas, localizar fontes poluentes, alterar o percurso rodoviário e reduzir as emissões de poluentes atmosféricos.

Além de medidas preventivas, são necessárias também medidas correctivas para reduzir a concentração dos poluentes. Entre os principais meios de intervenção disponíveis destacam-se:

  • Estabelecimento de limites de qualidade do ar ambiente;
  • Definição de normas de emissão;
  • Licenciamento das fontes poluidoras;
  • Incentivo à utilização de novas tecnologias;
  • Utilização de equipamento de redução de emissões, como os catalisadores nos automóveis e a utilização de equipamento de despoluição de efluentes gasosos nas indústrias;
  • Controlo dos locais de deposição de resíduos sólidos, impedindo os fogos espontâneos e a queima de resíduos perigosos;
  • Utilização de redes de monitorização da qualidade do ar;
  • Incentivo à permanência de florestas naturais;
  • Estabelecimento de Planos de Emergência para situações graves de poluição atmosférica;
  • Criação de serviços de informação e de auxílio às populações sujeitas ou afectadas pela poluição atmosférica;
  • Plantar árvores.

Normas de Emissão e Licenciamento

As normas de emissão e licenciamento destinam-se a ser aplicadas por fontes industriais, bem como pelas fontes móveis, principalmente os veículos automóveis.
Em Portugal existem limites de emissão de aplicação geral e que diferem para diversos tipos de indústrias e para diversos poluentes.
As normas de emissão estão profundamente relacionadas com o licenciamento das actividades produtivas. Num processo de licenciamento é necessário ter em consideração a realização do Estudo de Impacto Ambiental, sendo aconselhável a utilização das melhores técnicas disponíveis para minimizar as emissões para a atmosfera.

Poluição Atmosférica nos P.D e P.E.D

Nos Países Desenvolvidos (P.D) verifica-se uma maior concentração de poluição atmosférica, devido ao grande nível de industrialização e ao modo de vida das pessoas que utilizam demasiado os automóveis, os Clorofluorcarbonetos (CFC’s), entre outros.
No entanto, este problema expande-se cada vez mais pelos Países em Desenvolvimento (P.E.D), devido ao aumento da utilização dos automóveis e à criação de cada vez mais fábricas por parte desses países.

A Poluição Atmosférica na Europa

Desde 1990, verificou-se uma redução significativa das emissões de vários poluentes atmosféricos na Europa, o que melhorou a qualidade do ar na região.
No entanto, desde 1997, as concentrações de partículas em suspensão e do ozono na atmosfera não registaram qualquer melhoria significativa, apesar da redução das emissões. Grande parte da população urbana europeia vive ainda em cidades em que são ultrapassados determinados limites relativos à qualidade do ar fixados pela União Europeia para a protecção da saúde humana. É provável que alguns países não sejam capazes de atingir todos os valores limite de emissão obrigatórios, até 2010, fixados para quatro importantes poluentes atmosféricos.
A necessidade de reduzir a exposição à poluição atmosférica continua a ser uma questão muito importante.